domingo, 2 de dezembro de 2012

Rabanada

A cena é apenas narrada, sem imagens de arquivo, mas mesmo assim, tocante. No fim do documentário “Pierre Verger: mensageiro entre dois mundos”, um amigo do fotógrafo e etnógrafo conta que um cabisbaixo Verger, já encerrando o expediente nessa vida, encontrou-se com ele e a esposa. Quando a esposa perguntou o que Verger queria para melhorar o ânimo, ele respondeu que uma guloseima que a sua mãe fazia, mas que seria impossível de reproduzir. Ao descrever o que seria tal quitute, a mulher do amigo percebeu: era rabanada! Correu para a cozinha para fritar o pão embebido de leite e ovos, tascou açúcar e canela e o francês mais baiano da História comeu chorando.


Talvez nem todas as histórias em relação à rabanada sejam tão emocionantes, mas haverá quem diga que sempre “come chorando” uma fatia dourada dessas. Além disso, se os momentos não são tão marcantes assim, a oportunidade em que, hoje em dia, se come rabanada é única: o Natal. Ou alguém – com exceção dos espanhóis – se empanturra de pão-frito-doce no carnaval?

O antropólogo Raul Lody autor do “Dicionário do doceiro brasileiro”, além de “À mesa com Gilberto Freyre”, é outro desses que come o doce em qualquer época do ano. Ele explicou em um texto que a rabanada nasceu dentro de um contexto de reaproveitamento do pão, um ingrediente sagrado para os católicos por representar o corpo de cristo.

“Então, é costume não se jogar o pão fora, e se algum pedaço e desperdiçado deverá ser beijado, verdadeira reverência ao sagrado”, escreve ele.

Como a grande maioria das tradições natalinas, a rabanada também é importada. A origem é incerta, o mais provável seja uma incorporação de hábitos franceses – daí como os anglófilos a chamam: French toast. Há informações contraditórias, porém. Há quem diga - americanos, em geral - que seria uma receita espanhola da Idade Média. Outros dizem que fritar pão não tem exatamente uma origem única, porque seria uma forma generalizada de melhorar o gosto do alimento nosso de cada dia. Nesse caso, a primeira referência, segundo o famoso dicionário de inglês Oxford, dataria de 1660.

Por último, há os partidários de que a citação original de uma receita sobre fritar pão estaria em Apicius: "Aliter dulcia: siligineos rasos frangis, et buccellas maiores facies. in lacte infundis, frigis [et] in oleo, mel superfundis et inferes." – numa tradução bem livre: "Um outro doce: Corte sigilinos [um tipo de pão de trigo] em pedaços grandes. Banhe no leite, frite no óleo, mergulhe em mel e sirva". Um outro nome dado para essa rabanada pré-cristã é pan dulcis.
Mesmo que não se tenha uma certeza, a expressão como os conterrâneos de Verger chamam o quitute pode explicar um pouco sua origem: pains perdus, que quer dizer “pão perdido” literalmente. Apesar de hoje já venderem pão para rabanada e usarem outros tipos de pães, brioches ou panetones como matéria-prima, o único ingrediente que se repete na imensa maioria das receitas é: pão do dia seguinte. As receitas se referem ao pão que não se pode mais comer porque está duro, um pão dormido, um pão perdido. Portanto, a rabanada é uma forma de salvar o pão. Muito natalino, não?

Outro termo que tem um pouco da explicação da origem – ou pelo menos, de um dos usos – da rabanada é como parte de Portugal as chama: pão parida, ou somente fatias de parida, ou o nome inteiro: pão de mulher parida. Misture pão (trigo), ovos, leite, açúcar e frite, e você tem, além de rabanadas, uma bomba calórica, cheio de energia. Dizem que era bom para mulheres amamentando porque daria leite. E também explica um pouco o costume de comer as Fatias douradas (outro nome português que é autoexplicativo) no nevado Natal europeu: se esquentar de dentro para fora.

Por fim, a origem de “rabanada”. O mais provável seja uma adaptação do espanhol “rebanada” que quer dizer... fatias. Imagine fritar uma baguete?

Como qualquer texto sobre rabanadas não estaria completo sem uma boa receita


Rabanada

1 pão baguete amanhecido
3 ovos
1 lata de leite condensado
140 ml de leite
140 ml de leite de coco
10 ml de conhaque
açucar e canela para polvilhar
manteiga para fritar

Modo de preparo

Corte o pão em fatias
Misture os ovos, leite condensado o leite o leite de coco e ou conaque
Passe as fatias nessa mistura
Frite em frigideira anteaderente com um pouco de manteiga
Polvilhe o açúcar com a canela
Sirva a seguir

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Panetone

origem panetone Origem e História do Panetone

É normal que durante todo o ano o Panetone passe despercebido entre nós, porém algumas semanas que antecedem o Natal ele surge para ser lembrado, desejado, degustado, tornando-se um dos alimentos natalinos mais consumidos.
São várias as histórias que surgem quando se perguntam sobre a origem do Panetone, porém a mais convincente está relacionada com um caso de amor.

Origem do Panetone

Conta-se que no século XV, um jovem morador de Milão apaixonou-se pela filha de um padeiro. Porém o pai não era muito de conversa e não aceitava tal namoro, diante da situação o jovem resolveu se disfarçar de ajudante de padeiro e criou um pão doce.
Esse pão era diferente, com frutas saborosas e de um tamanho fora do normal para época, ganhou destaque na padaria também por ter uma forma de uma cúpula de igreja.
O jovem disse que o autor da receita foi Toni, pai da moça. Foi notável o crescimento de clientes, pedindo principalmente pelo “pão de Toni”. O nome deste pão doce sofreu algumas modificações durante o tempo até chegar ao que é hoje: panetone.
Existem outras duas versões sobre a história do panetone. Uma dela diz que ele foi inventado pelo mestre-cuca Gian Galeazzo Visconti, primeiro duque de Milão, que preparou a iguaria para uma festa em 1395.
A última versão conta que um certo Ughetto resolveu se empregar em uma padaria para poder ficar pertinho da sua amada Adalgisa, filha do dono. Ali ele teria inventado o Panetone, entre 1300 e 1400. Feliz com a novidade, o padeiro permitiu que Ughetto se casasse com Adalgisa.
A partir da receita tradicional surgiram o chocotone e a colomba, sem falar das variações feitas a partir de suas tenras fatias, como é o caso do pudim e do biscoitinho frito de panetone.
Selecionei algumas receitas, doces e salgadas, desse pão que é uma das principais tradições cristãs no Natal.

Receitas de Panetone

Panetone tradicional
Ingredientes
1 Kg de farinha de trigo
100 g de fermento biológico
200 g de manteiga
200 g de açúcar
15 g de mel
8 gemas
10 g de sal
250 g de frutas cristalizadas
150 g de uvas passas embebidas no rum
1 pitada de vanilina ou aroma de baunilha
raspas e suco de laranja
água até dar o ponto
Modo de preparo
Numa vasilha, misture 100 g de farinha, o fermento e um pouco de água. Fica com aparência de esponja.
Deixe descansar por 15 minutos e depois adicione o restante dos ingredientes, colocando as frutas cristalizadas e as uvas sempre por último e faça uma massa bem macia.
Deixe descansar, coberta por um pano, durante 20 minutos e em seguida, faça os modelos, coloque nas formas e deixe descansar novamente até quase atingir o dobro.
Leve para assar numa assadeira ou em forma de papel, colocando num forno aquecido a uma temperatura média de 180 graus.
Pudim de panetone
Ingredientes
200 g de panetone de frutas
120 g de açúcar mascavo
250 g de leite
250 g de creme de leite
200 g de ovos
60 g de vinho do Porto
120 g de frutas secas picadas (figos, tâmaras, damascos, passas, amêndoas)
manteiga para untar
Modo de Preparo
Corte o panetone em pedaços pequenos e leve ao forno para torrar. Assim que dourarem, coloque-os em uma forma ou refratário untados com manteiga e reserve.
Numa panela, misture o açúcar com o leite e o creme de leite e leve ao fogo. Não deixe ferver.
À parte, bata ligeiramente os ovos com o vinho do Porto e reserve. Assim que o açúcar estiver dissolvido, tempere a mistura de ovos e vinho do Porto e regue o panetone, tomando o cuidado de embeber todos os pedaços. Deixe descansar por 30 minutos para que o panetone absorva todo o líquido.
A seguir, leve ao forno a 180ºC, em banho-maria, por aproximadamente 45 minutos.

Biscoitinhos Fritos de Panetone

Ingredientes
250 g de panetone tradicional com frutas
½ xícara (chá) de mel
1 colheres (sopa) de jerez
2 colheres (chá) de suco de limão
1 xícara de azeite (para fritar)
30 g de amêndoas em lascas finas
Modo de Preparo
Desenforme o panetone e corte em oito rodelas (1 ½ cm de largura). Corte cada rodela em três tiras e reserve
Coloque em uma panela o mel, o jerez, o suco de limão e quatro colheres (sopa) de água. Leve ao fogo e cozinhe, mexendo de vez em quando até obter uma calda levemente encorpada. Retire do fogo e reserve.
Aqueça bem em uma panela o azeite de oliva e junte, aos poucos, os pedaços de panetone e frite por dois minutos ou até dourar levemente. Retire com uma escumadeira e coloque sobre uma toalha de papel.
Passe os pedaços de panetone, um a um, na calda, disponha sobre papel manteiga e as amêndoas. Dexe secar.
Montagem: arrume os pedaços de panetone nos pratos e sirva com vinho doce de sobremesa.

Panetone de queijo

Ingredientes
Massa
60 g de fermento para pão
3 ovos inteiros
2 colheres de sopa de açúcar
1 colher de sobremesa de sal
2 copos de leite
1 copo de água
1 xícara de chá de queijo ralado
1/2 cícara de chá de óleo
900 de farinha de trigo
1 colher de essência de panetone
Recheio
200 g de queijo prato ralado
200 g de queijo provolone ralado
2 xícaras de chá de queijo parmesão ralado
1 colher de sopa de orégano
1 colher de sopa de salsinha picada
1 colher de sopa de cebolinha picada
Modo de Preparo
Bata no liquidificador o leite, os ovos, o óleo, o fermento esfarelado, a essência de panetone e o queijo ralado. Reserve.
Em uma vasilha grande, coloque a farinha, despeje sobre ela o líquido do liquidificador, sal e o açúcar. Misture até se agregarem todos os ingredientes.
Para o recheio, misture numa vasilha o queijo prato, o provolone e o parmesão ralados. Junte o orégano, a salsinha e a cebolinha. Reserve.
Divida a massa em quatro partes para panetones de 500 gramas. Recheie com a mistura de queijos.
Coloque-o em formas de papel próprias para panetone e deixe dobrar de volume. Leve ao forno a 150 graus por 30 minutos

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

História do Natal



Origem do Natal e o significado da comemoração




O Natal é uma data em que comemoramos o nascimento de Jesus Cristo. Na antiguidade, o Natal era comemorado em várias datas diferentes, pois não se sabia com exatidão a data do nascimento de Jesus. Foi somente no século IV que o 25 de dezembro foi estabelecido como data oficial de comemoração. Na Roma Antiga, o 25 de dezembro era a data em que os romanos comemoravam o início do inverno. Portanto, acredita-se que haja uma relação deste fato com a oficialização da comemoração do Natal.


As antigas comemorações de Natal costumavam durar até 12 dias, pois este foi o tempo que levou para os três reis Magos chegarem até a cidade de Belém e entregarem os presentes (ouro, mirra e incenso) ao menino Jesus. Atualmente, as pessoas costumam montar as árvores e outras decorações natalinas no começo de dezembro e desmontá-las até 12 dias após o Natal.

Do ponto de vista cronológico, o Natal é uma data de grande importância para o Ocidente, pois marca o ano 1 da nossa História.





Origem da Ceia de Natal




Segundo a literatura, a Ceia de natal originou-se do antigo costume europeu de deixar as portas das casas abertas no dia de Natal para receber Viajantes e peregrinos, e esses, juntamente com a família hospedeira, confraternizavam aquela data tão significativa para os cristãos. Para essa comemoração era preparada bastante comida, composta por diversos pratos. Essa tradição foi se espalhando pelo mundo e cada região acrescentando uma particularidade local, como, por exemplo, a adição do peru na ceia norte americana. peculiaridade que logo passou a fazer parte dos costumes de outros países, tais como o Brasil.


Esta receita de peru de natal é simplesmente uma verdadeira delícia. Um peru recheado com ingredientes típicos natalinos que vai dar um toque todo especial à ceia de Natal de sua família. Prepare-se para os elogios!


 

Ingredientes 1 unidade de peru
quanto baste de sal
quanto baste de limão
quanto baste de bacon em fatias
quanto baste de manteiga

Tempero

1/2 xícara(s) (chá) de suco de limão
quanto baste de sal
quanto baste de pimenta-do-reino branca
1 unidade(s) de cebola picada 1 xícara(s) (chá) de cheiro-verde picado(s)
5 dente(s) de alho picado(s)
600 ml de vinho branco


Recheio

8 colher(es) (sopa) de manteiga
3 unidade(s) de cebola picada(s)
20 unidade(s) de castanha portuguesa cozida(s), sem casca(s)
200 gr de uva passa sem semente(s)
500 gr de farinha de mandioca crua
quanto baste de sal
quanto baste de pimenta-do-reino branca
2 dente(s) de alho picado(s)
1 xícara(s) (chá) de salsinha picada(s)
quanto baste de miúdos de peru cozido(s)


Modo de preparo
Lave o peru, esfregue nele o limão e sal para tirar qualquer cheiro que tenha. Enxágüe-o bem.
Tempere com todos os temperos e deixe-o, já de véspera, na geladeira, de molho nos temperos, virando a cada 4 horas. No dia seguinte, prepare os dois recheios e recheie o peru, com cuidado para não encher demais o papo, costurando, depois, as cavidades. Se sobrar farofa, ela pode ser servida depois, junto com o peru. Prenda as pernas do peru uma na outra, decorando, se gostar, com papel recortado, preso com uma linha. Besunte-o todo com manteiga, coloque-o na assadeira, de papo para cima. Cubra todo o peito com fatias de bacon. Regue com metade da vinha d'alhos, passada na peneira. Cubra com um papel alumínio e leve a assar em forno quente. Após uma hora e meia, descubra-o, regue com o caldo da assadeira e volte ao forno ainda coberto. Uma hora depois, descubra-o e deixe até que tome um tom dourado escuro, regando, a cada 15 minutos, com o caldo da assadeira. Se o caldo secar, coloque mais da vinha d'alhos, coada.

Recheio
Para o papo:
Coloque metade da manteiga em uma frigideira grande e alta, deixe derreter e junte 2 cebolas raladas. Refogue. Junte as passas e as castanhas. Refogue um pouco, junte 100 gramas de farinha e mexa para que a farinha absorva os sabores. Tempere com sal a gosto.

Para o corpo:

Aqueça o restante da manteiga, refogue os miúdos picados (pique finamente), o restante da cebola e o alho. Junte 400 gramas de farinha de mandioca e deixe que doure ligeiramente, mexendo sempre. Tempere com sal e pimenta. Por último, acrescente a salsinha e cebolinha e desligue o fogo.
Dicas: Se for usar o peru temperado, lave-o e tempere, sem o sal. Siga o restante da receita, normalmente.

O Risoto






Certo dia o cliente adentra à cozinha, e meio tímido (como quase todos os poucos que vão nos visitar, creio que pensam que nós cozinheiros mordemos...) avisa que adorou o risotto e tudo mais. Cinco minutos depois, era vital para ele saber o grande "segredo" e lança sua enquete: "como vocês fazem para o risotto ficar cremoso", "eu não consigo acertar o ponto", "alguém tem que ir lá em casa me ensinar". Passado o choque do desabafo, nós tentamos rapidamente (pois na cozinha todo tempo é ouro, o menor papinho é uma comanda que atrasa) consolá-lo dando umas dicas, (menos a do mascarpone, os italianos costumam usar no final subistituindo a manteiga). Percebi então que um prato aparentemente tão simples tem seus segredos para alguns, e em meus poucos anos pelas cozinhas descobri que existem até muitos profissionais que não dominam a técnica de fazer o verdadeiro risotto, como mandam os italianos claro!

O risotto explora as propriedades incomuns de certas variedades de arroz italiano (arbório, carnaroli, vialone nano) cujos grãos são envolvidos por um amido macio e conhecido como amilopectina. Ao serem adequadamente cozidos, esse amido se dissolve, ligando-se cremosamente aos grãos, e ao mesmo tempo com carnes, legumes, cogumelos e outros ingredientes básicos de sabor. Qualquer produto comestível pode ser o sabor básico de um risotto, que em geral são agregados à panela antes do arroz. Se for somente de parmesão, entrará no final, menos nos risottos de peixes e frutos do mar, POR FAVOR! Frutos do mar nunca devem cozinhar demais, então grelhar e reservar à parte introduzido os mesmos no final, aproveitando a mesma panela (onde fica todo o sabor do alimento) para fazer o risotto. Outro segredo neste caso é ter um caldo de peixe bem feito e saboroso, e a cremosidade somente do amido do arroz mesmo.


Os ingredientes de sabor básicos de um risotto são a cebola e a manteiga, em certos casos refoga-se a cebola no azeite de oliva (principalmente para os frutos do mar). Mas a manteiga gelada, no final da preparação e já fora do fogo, proporciona brilho ao seu prato. O arroz cru (e não lavado), é adicionado a uma base de cebola na manteiga ou no azeite de oliva e levemente refogado. Imediatamente uma concha de caldo (o sabor depende do agente a ser utilizado, se preferir use caldo de legumes, neutro) deve ser agregada, o arroz é mexido bem lentamente e com carinho em fogo brando, para não quebrar os grãos.

É somente através da gradual colocação de pequenas quantidades de líquido, de sua simultânea absorção e evaporação e de constantes mexidas, que o amido mole dos grãos de arroz se transformam em um agente aglutinador, unindo os grãos e fixando o sabor. O tempo e o ponto do grão varia muito, para os italianos deve ser firme e aconselham de dezoito a vinte minutos, mas para os brasileiros ultrapassa um pouco esse ponto. O tipo de panela ideal é que retenha o calor e não grude, as de aço são melhores e as de ferro fundido são um sonho (para uso caseiro são a pedida), evite as de alumínio. O ponto para servir após o grão estar no ponto de seu gosto, é quando começa a descolar do fundo da panela, nesse momento se for o caso acrescentamos o parmesão e fora do fogo a manteiga gelada e mexa com firmeza (Atenção, o parmesão menos para os frutos do mar...repetindo, obrigada!). Esperamos que as dicas ajudem e se não conseguirem mesmo gritem por socorro!! Bom apetite!!

sábado, 24 de novembro de 2012

"Simplicidade"

"No crepúsculo, quando a noite se aproxima, o vôo dos pássaros fica diferente. Em nada se parece com o seu vôo pela manhã. Já observaram o vôo das pombas ao fim do dia? Elas voam numa única direção. Voltam para casa, ninho. As aves, ao crepúsculo, são simples. Simplicidade é isso: quando o coração busca uma coisa só".

Rubem Alves, em Concerto para corpo e alma.



Bolo de Iogurte com Limão Siciliano

Ingredientes
1 copo de iogurte natural (200 ml)
4 ovos
1 1/2 xíc. de chá de óleo
2 xíc. de chá de açúcar refinado
2 xíc. de chá de farinha de trigo
1 col. de sopa de fermento em pó
Raspas da casca de dois limões sicilianos

Modo de preparo
1. Bata, no liquidificador, os ovos, o óleo e o iogurte.
2. Fora do liquidificador, adicione, delicadamente, os ingrediente secos peneirados.
3. Adicione as raspas de limão.
4. Transfira a massa para uma forma untada com manteiga e enfarinhada.
5. Asse até dourar.
6. Desenforme e cubra com uma caldinha preparada com suco de limão e Glaçúcar.



Simplicidade
s.f.
1. Qualidade do que é simples.
2. Ingenuidade.
3. Singeleza.
4. Inocência; candura; modéstia; credulidade.
5. Parvoíce.
6. Naturalidade.
7. Desafetação.

1° Livro da Gastronomia Brasileira

A colonização portuguesa, foi sobretudo, uma tentativa de reproduzir, no Brasil, os ambientes da terra mãe - na arquitetura, na moda, na literatura e principalmente, na culinária, com almoço às 9h da manhã, jantar às 2h da tarde e ceia às 7h da noite.



Sendo assim em 1840, no Rio de Janeiro, foi lançado o primeiro grande livro de culinária brasileira, Cozinheiro Imperial ou nova arte do cozinheiro e do copeiro em todos os seus ramos, com receitas do que se deveria servir às esplendidas mesas e delicados gostos, bem como ao alcance das mais moderadas posses e das mais simples necessidades.



Quase uma reprodução de outro que, à época, fazia muito sucesso em Portugal, O cozinheiro moderno, de Lucas Rigaud, um francês que foi cozinhar para rainha D. Maria, a Louca, e acabou afrancesando a culinária portuguesa. O cozinheiro imperial foi assinado pelo chefe de cozinha R.C.M., que não se sabe quem terá sido.



Começa com um desenho em bico-de-pena, ensinando como trinchar as carnes e servir à mesa. Depois, nessa ordem: receitas de sopas, caldos, vitela, carneiro, veado, aves, caça, olha podrida (como era chamado o cozido na época), peixes, mariscos (incluídos camarões, lagosta, lulas e polvo), legumes, massas, doces, sugestões para banquetes encerrando com um dicionário explicativo. A partir da quinta edição, novas receitas foram acrescentadas: angu, caruru, moquecas, vatapá.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Um pouco de minha Historia Profissional


Comecei minha carreira no Hotel Unique onde atuei, ao lado do Chef Emmanuel Bassoleil, no Restaurante Skye, desde a inauguração do Hotel. Uma gastronomia francesa, adaptada à cultura brasileira

Em seguida, atuei no Restaurante Carlota, da Chef Carla Pernambuco, em parceria, por 2 anos. Foi onde tive um grande desafio ao assumir a chefia do Gardemanger, cozinha fria. No “Carlota” seguíamos a linha de Cozinha Contemporânea e o nosso cardápio era muito rico em entradas; em meu setor, tínhamos cerca de 50 opções, onde mesclavam pratos frios e quentes, além da confeitaria.

Em seguida fui chamado pela Chef Alessandra Divani para colaborar em seu empreendimento, “Divani e Fusco”;. um Buffet de luxo em São Paulo, que tem como publico alvo os principais empresários e grandes eventos da cidade. Tínhamos uma cozinha central onde fazíamos uma pré preparação de tudo e finalizávamos no evento/festa. Foi quando conheci o proprietário do Atlântida Park Hotel, localizado em Atibaia, interior de São Paulo; e veio dele  o convite para eu assumir a cozinha de seu hotel, que aceitei prontamente, ao identificar a possibilidade de um grande desafio em minha trajetória de Chef de Cozinha.

Ao chegar no Atlântida, encontrei uma cozinha caindo aos pedaços e tive que fechá-la  por cerca de 1 mês, para efetuar a reforma; toda a cozinha foi reformulada, contratando e treinando uma nova equipe, formulando um novo cardápio, readequando tudo dentro das normas da Vigilância Sanitária. A cozinha foi reaberta com estrutura inédita até então; após a reforma, estávamos aptos a receber  muitas convenções; atendíamos uma media de 3 mil pessoas por final de semana. Alem do cardápio “À La Carte”, foi desenvolvido um semanal para atender eventos, alem de cardápios temáticos; tínhamos uma cozinha consagrada e funcionando a todo vapor!

Em seguida,  fui contratado pelo Maurício Reis, Diretor Executivo Novotel, da rede Accor, onde a principal meta era modificar a forma de trabalho de todos Novotéis do Brasil. Assumi a Cozinha do Novotel Morumbi juntamente com Mauricio Xavier, Chef Corporativo da Accor; começamos então a modificar tudo dentro das cozinhas dos Novotéis. Elaboramos o projeto chamado 365; à cada semana, uma equipe do Novotel vinha até minha cozinha para receber treinamento.

O treinamento consistia em: boas praticas de cozinha (regulamentada pela SGS na qual fiz treinamento); montagem de praça para atender o “À La Carte”; estoque adequado dos produtos; compras e novos fornecedores; novo cardápio mais típico brasileiro e com ingredientes de época; novas técnicas de cocção; manipulação dos alimentos e armazenagem (alem de treinamento em PVPs e validação dos produtos).

Após treinarmos todas as equipes, recebi uma proposta para assumir um restaurante de alta gastronomia em Salvador, ficando por lá, cerca de 6 meses, trabalhando junto com engenheiros e arquitetos na construção do restaurante. Atualmente o restaurante é um sucesso em Salvador.

Ao retornar para SP, trabalhei como consultor(prestador de serviços).

Fui convidado em setembro de 2011 para ser Sous Chef executivo de Cozinha do Resort Breezes Buzios.  Assumi o papel de Chef Executivo e era o principal e o único responsável por 5 restaurantes: oriental, mediterrâneo/contemporâneo, italiano, Buffet Internacional temático e um restaurante voltado a petiscos.

O Centro de Convenções, que atendia cerca de 2 mil pessoas, tinha como responsabilidade, a elaboração de cardápios e treinamento de equipes.

Também fui o principal responsável pela formação e treinamento de equipe da padaria, padronização de técnicas gastronômicas e redução de custos dos últimos 6 meses; aliás, o melhor índice de toda a historia da rede Super Clubs no Brasil, até sua saída de nosso mercado.